Notícia

Feemt promove novo seminário sobre a energia dos chakras sob a ótica espírita
16/05/2019

Nos próximos dias 21 e 22 de setembro a Feemt – Federação Espírita do Estado de Mato Grosso realiza em sua sede, em Cuiabá, um novo seminário da Série Humanizar do Projeto Espiritizar: Energia dos Chakras e o Poder Terapêutico da Verdade, do Discernimento e da Entrega, a ser facilitado por Alírio de Cerqueira Filho, integrante da diretoria executiva da Feemt como assessor do Projeto Espiritizar.
 
Sobre a temática, a ser refletida em uma abordagem espírita, a Mentora Joanna de Ângelis afirma: "Desde épocas imemoriais, a filosofia hindu, estudando as suas manifestações no ser reencarnado, relacionou-o com os chakras¹ ou centros vitais que se encontram em perfeito comando dos órgãos fundamentais da vida… ¹Chakra – Palavra sânscrita que significa roda. Igualmente conhecida, em páli, como chakka" (da obra Estudos Espíritas, psicografia de Divaldo Franco, FEB Editora).
 
Estudos sobre os chakras já vêm sendo realizados pela Feemt há alguns anos, analisando-os pelo prisma moral, isto é, enfocando as virtudes que geram a harmonia de cada um deles. Conhecê-las, para poder senti-las e vivenciá-las, é fundamental para o equilíbrio físico, psíquico e espiritual. Os resultados desses estudos vêm sendo publicados pela Editora Espiritizar em sua série Energia dos Chakras, organizada por Alírio de Cerqueira Filho. Clique aqui e conheça as obras que compõe esta série.
 
O evento também contará com transmissão ao vivo em facebook.com/feemt.oficial e youtube.com/feemtplay. Para participar, não é necessária inscrição prévia. Abaixo você pode obter mais informações.
 
O Projeto Espiritizar é um instrumento desenvolvido pela Feemt para o Movimento Espírita, cujo objetivo é estimular a sintonia com o Projeto Iluminativo de Jesus, por meio da Doutrina Espírita. Clique aqui para saber mais.
 
TRANSMISSÃO AO VIVO
www.facebook.com/feemt.oficial
www.youtube.com/feemtplay
 
QUANDO
21 e 22 de setembro de 2019
Sábado: 8h30 às 12h – 14h às 18h30
Domingo: 8h30 às 12h30
 
ONDE
Sede da Feemt – Av. Djalma Ferreira de Souza, nº 260, Morada do Ouro, Cuiabá – MT
 
FACILITADOR
Alírio de Cerqueira Filho
 
INSCRIÇÕES
Não é necessária inscrição prévia
 
CONTRIBUIÇÃO FINANCEIRA
Voluntária
 
MAIS INFORMAÇÕES
(65) 3644-2727 | comunicacao@feemt.org.br
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EXISTEM CHAKRAS?
 
No Movimento Espírita muitas pessoas estranham o uso da palavra chakra. Dizem que isso é esoterismo e não Espiritismo, ou baseiam as suas alegações no fato de que Allan Kardec não abordou diretamente o assunto.  
 
Será que posturas assim não seriam uma tentativa de dogmatizar a Doutrina Espírita, que não é dogmática? 
 
É importante lembrar que nas obras básicas Allan Kardec trabalhou com as generalidades dos fenômenos e dos fatos espíritas. As especificidades ficariam para ser reveladas posteriormente, conforme ele próprio afirmou. 
 
Será que todas as nuanças do funcionamento das Leis Divinas naturais, todo o conhecimento universal estariam contidos em apenas cinco obras? O bom-senso diz que não.
 
Aprofundemos as nossas reflexões. Estudando atentamente O Livro dos Espíritos, veremos que o próprio Codificador referiu-se ao assunto. É verdade que ele não utilizou a palavra sânscrita chakra, mas empregou a expressão centro vital, que é a mesma coisa. 
 
Observemos as questões 146 e 146-a de O Livro dos Espíritos
 
Questão 146. A alma tem, no corpo, sede determinada e circunscrita?
 
“Não; porém, nos grandes gênios, em todos os que pensam muito, ela reside mais particularmente na cabeça, ao passo que ocupa principalmente o coração naqueles que muito sentem e cujas ações têm todas por objeto a Humanidade.”
 
a) – Que se deve pensar da opinião dos que situam a alma num centro vital?
Quer isso dizer que o Espírito habita de preferência essa parte do vosso organismo, por ser aí o ponto de convergência de todas as sensações. Os que a situam no que consideram o centro da vitalidade, esses a confundem com o fluido ou princípio vital. Pode, todavia, dizer-se que a sede da alma se encontra especialmente nos órgãos que servem para as manifestações intelectuais e morais.” (grifos nossos)
 
Reflitamos sobre estas afirmações dos Espíritos superiores da Humanidade, que nos legaram a Doutrina Espírita: eles estão falando do corpo físico ou do perispírito?
 
As neurociências já comprovaram que não é o coração que sente as emoções, mas o cérebro. Por que, então, os Benfeitores afirmaram que a alma ocupa principalmente o coração naqueles que muito sentem e cujas ações têm todas por objeto a Humanidade? Porque eles não estavam se referindo ao corpo físico, mas ao perispírito, muito mais complexo em sua fisiologia do que o corpo e, mais especificamente, ao centro vital do coração, ou quarto chakra, denominado chakra do amor, cuja virtude equilibradora é a compaixão.
Na questão seguinte, isso fica muito claro, quando eles informam que a sede da alma se encontra especialmente nos órgãos que servem para as manifestações intelectuais e morais. Com relação às manifestações intelectuais, podemos inferir que se trata do cérebro; com relação, porém, às manifestações morais, que órgãos no corpo físico teriam essa função? Ora, esses órgãos não estão no corpo físico, mas no corpo perispiritual.
 
Allan Kardec pergunta se a alma se situa num centro vital, ou seja num chakra, e os Benfeitores respondem que o Espírito habita de preferência essa parte do vosso organismo, por ser aí o ponto de convergência de todas as sensações. Podemos refletir que eles estão falando do perispírito e dos seus órgãos específicos, os centros vitais ou chakras, órgãos das manifestações morais, que não têm correspondentes no corpo físico, apenas estão ligados a este por meio dos plexos nervosos e das glândulas endócrinas.
É claro que não era cabível em O Livro dos Espíritos o Codificador abordar as minúcias da fisiologia do perispírito, que é bastante complexo, muito mais do que o corpo físico. Se para estudar o corpo físico as ciências da saúde dispõem de dezenas de compêndios volumosos, será que o estudo do perispírito, por sua complexidade, caberia em apenas algumas linhas de uma obra ou mesmo de cinco?
Vimos estudando os chakras há muitos anos, analisando-os pelo prisma moral, isto é, enfocando as virtudes que geram a harmonia de cada um deles. Conhecê-las, para poder senti-las e vivenciá-las, é fundamental para o nosso equilíbrio físico, psíquico e espiritual. 
Na literatura espírita os estudos referentes ao funcionamento do perispírito têm sido amplos, com utilização ou não da palavra chakra
As referências mais vastas sobre os chakras aparecem nas obras de André Luiz, que utiliza a expressão centros de força. Podemos encontrá-las nos livros: Evolução em Dois Mundos, Mecanismos da Mediunidade, Missionários da Luz, Obreiros da Vida Eterna, Sexo e Destino e Entre a Terra e o Céu. A mais completa referência sobre o assunto está nesta última obra, na qual André Luiz, nos capítulos 20 e 21, se reporta às orientações que Clarêncio passa a ele e a Hilário sobre o tema. Vejamos:
Apliquemos à nossa aula rápida, tanto quanto nos seja possível, a terminologia trazida do mundo, para que vocês consigam fixar com mais segurança os nossos apontamentos. Analisando a fisiologia do perispírito, classifiquemos os seus centros de força, aproveitando a lembrança das regiões mais importantes do corpo terrestre. Temos, assim, por expressão máxima do veículo que nos serve presentemente, o “centro coronário” que, na Terra, é considerado pela filosofia hindu como sendo o lótus de mil pétalas, por ser o mais significativo em razão do seu alto potencial de radiações, de vez que nele assenta a ligação com a mente, fulgurante sede da consciência. Esse centro recebe em primeiro lugar os estímulos do espírito, comandando os demais, vibrando todavia com eles em justo regime de interdependência…
Manoel Philomeno de Miranda, em várias de suas obras, psicografadas por Divaldo Franco, cita os chakras. A sua primeira obra publicada em 1970, Nos Bastidores da Obsessão, capítulo 3, já traz o termo chakra: “Ativados os chakras(*), através dos passes habilmente aplicados, a paciente desdobrada parcialmente pelo sono físico pareceu sofrer um delíquio… (*) Chakra é uma palavra sânscrita que significa roda… — Nota do Autor espiritual.”
Joanna de Ângelis, nos anos 80 do século passado, lega-nos a obra Estudos Espíritas, em cujo capítulo 4 aborda o perispírito:
Desde épocas imemoriais, a filosofia hindu, estudando as suas manifestações no ser reencarnado, relacionou-o com os chakras* ou centros vitais que se encontram em perfeito comando dos órgãos fundamentais da vida… (grifos nossos)
*Chakra – Palavra sânscrita que significa roda. Igualmente conhecida, em páli, como chakka. – nota da Autora espiritual.
 
Vemos que a Mentora utiliza a palavra chakras como sinônimo de centros vitais, mesmo termo utilizado por Allan Kardec na questão 146-a de O Livro dos Espíritos, estudada acima.
Os chakras fazem parte do perispírito e estão de acordo com as Leis Divinas naturais. Não são uma invenção esotérica de orientais místicos e desprovidos de bom-senso, como muitos companheiros, inclusive do ideal espírita, pensam. Estudá-los, então, significa compreender a fisiologia do perispírito e suas manifestações.
(Texto extraído do primeiro capítulo do livro Energia dos Chakras e o Poder Terapêutico da Fé, da Meditação e da Oração da Editora Espiritizar)